A nossa geração, essa nova juventude, vive inquieta e ansiosa. Somos metamorfos sem um ninho certo. Estamos em tudo, e em todos os meios de expressão, a procura de soltar de soltar o grito agonizante que possuímos preso, engasgado em nossa garganta. Grito este, que nem nós sabemos o que ele quer realmente dizer. E talvez esse seja nosso grande problema: Não sabemos ao certo o que queremos gritar.
A primeira geração deste ciclo, no qual somos fruto, era a “Baby Boomrs”, eles foram nascidos entre as décadas de 40 e 50, uma geração bastante ousada, que deu início a um ‘movimento’ no qual revolucionou a geração deles, e nos proporcionou viver o que vivemos hoje. Eles ganharam, e nos passaram o legado, o direito de ser Jovem!
Após essa geração, pioneira nesse estilo de vida, veio a “Geração X”, uma geração que seguiu a linha da anterior, continuaram revolucionando, mas dessa vez com uma pitada de particularidade. Eles sairam da inércia e foram para rua, fizeram barulho, e fez assim com que o mundo os ouvisse.
Acredito que a soma destas duas gerações criaram, ou pelo menos personificaram, a palavra ‘nostalgia’. A principal razão para essa agonia no qual nossa geração sofre está na nostalgia, no desejo indescritível de viver o que as gerações passadas viveram, de sair para as ruas, fazer protestos e festivais de rock pela paz.
Nossa atual geração é chamada de “Millennials”, somos ansiosos e agoniados por natureza, queremos ser tudo ao mesmo tempo, e no final, não sabemos exatamente o que queremos. Esse sentimento gera uma teoria negativa, na qual afirma que nossa geração não tem nenhuma importância, e é vazia. Essa teoria foi explorada no filme ‘O clube da luta’, pelo protagonista Tyler Durden, interpretado por Brad Pitt:
"Somos uma geração sem peso na história. Sem propósito ou lugar. Nós não temos uma Guerra Mundial. Nós não temos uma Grande Depressão. Nossa Guerra é a espiritual. Nossa Depressão são nossas vidas. Fomos criados através da TV para acreditar que um dia seriamos milionários, estrelas do cinema ou astros do rock. Mas não somos."
Este trecho traduz a agonia que corroe a alma da nossa geração. Realmente não temos uma guerra, e nem revoluções. Mas os meios de comunicação evoluíram, e tudo hoje é mais rápido, e em uma dimensão/proporção maior.
Graças à internet, hoje, pessoas comuns podem se tornar ‘mitos’ entre os jovens, e rapidamente ‘ganhar’ o mundo. Isso tornou nossos sonhos menos utópicos, mais reais, e com maiores possibilidades de se tornarem realidade. Possibilita-nos voar mais alto. A internet é para nós, hoje, o que as manifestações em ruas/praças, e os festivais foram no passado.
Realmente não temos uma guerra, e nem revoluções. Mas agora com o avanço e a popularização da internet, temos nossa arma, e com ela podemos ser o que quisermos.
Obs.: Esse texto foi inspirado no video We All Want to be young ( Todos queremos ser Jovens ) , no qual achei metade das respostas para minha agonia descrita no texto Multisonhadorismo.
Vitor Veloso
De fato. A juventude de todos os tempos vive meio a uma sede constante, uma tensão pela meta. O post é bem consistente e digno de bons debates. Parabéns.
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