segunda-feira, 25 de julho de 2011

Comodismo – O desabrochar de uma Revolução

Para a palavra revolução existem significados que oscilam entre dois extremos: Uma simples mudança, ou uma radical transformação. O certo é que, de uma forma ou de outra, ambos os significados transmitem alteração, uma evolução, logo, uma mudança para melhor.

E mudança é simplesmente o que eu quero fazer, quero sair do sofá, levantar, e sair da inércia. Perto de uma desgraça, todo mundo é poeta, é ativista, e revolucionário. Quero ver é ‘neguim’ ser tudo isso no dia a dia. Ir atrás de mudar algo, seja em sua vida, ou na vida dos outros.

Nós que temos uma vida relativamente boa, estamos acomodados, e essa é a palavra-chave-negativa de tudo: “Comodismo”.

Talvez, se minha vida não fosse tão boa quanto ela é, eu já teria feito algo, mudado algo. Dado minha contribuição para um mundo melhor, ou pelo menos tatuado na espinha dorsal do destino o meu nome. Honestamente, eu sei que tenho capacidade para isso, pode parecer falta de humildade, mas não consigo me conformar em ser apenas mais um. Não sei ainda por onde começar, como mudar alguma coisa, mais sei que se a oportunidade aparecer, eu vou ser capaz de usá-la.

Eu espero bem mais de mim, e espero que você espere bem mais de você, só assim algo pode mudar em sua vida.


Nota: Texto inspirado em uma conversa com Danilo Fernandes do Blog Não Tente .

Vitor Veloso

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Estudo de uma Sensação.

Você sente aquela sensação horrível de estar caindo de um penhasco, aquele frio na barriga que parece não ter fim. Mas isso dura apenas alguns breves milésimos de segundos, e então você tem aquela sensação do olho de encher d’água, e às vezes até enche.

Creio eu, que os motivos para que se sinta isso são deveras vastos. Infinidades seriam as exemplificações. Mas o motivo no qual eu tenho para sentir nesse momento essa atormentadora sensação, egoistamente, considero a pior. E por motivos particulares, tão particulares quanto o motivo, eu não irei entrar em detalhes.

Você constrói esperanças, constrói castelos de areia em torno de vontades e desejos que você tem. Embora você tenha consciência de que tudo é muito incerto, continua alimentando essa esperança. Às vezes o vento sopra de um lado, e o mar puxa de outro, aí seu castelo desmorona, e seu tapete foi puxado.

Ódio! Sim, um dos piores sentimentos, mas é ele que você sente. Mas o problema é que não sabe do que ou de quem, ou você sabe, mas são muitas coisas e pessoas, então você não sabe no que concentrar a raiva. Sente uma vontade fulminante de jogar qualquer coisa no chão. E embora nunca tenha morrido parar saber como é, você sente que está morrendo por dentro.

O pior de tudo é que você tem esperanças, mesmo com tudo por água abaixo mais uma vez, e com essa esperança você começa a se enganar, iludindo-se pensando que aquilo é mentira, ou que talvez ainda tenha uma forma de tudo dar certo.

Depois você começa se achar foda! Começa querer sorrir, e você até consegue sorrir, você sente o aquele prazer que sente depois de uma corrida, respirando fundo, e uma felicidade fake. Algo que me parece uma autodefesa contra frustrações, para você não se matar. Você encontra as soluções e a usa por alguns minutos: “ Aquilo não é pra mim. Se não deu certo é porque não era pra ser. Você merece coisa melhor. Tudo irá ficar bem”. Acho também que está relacionado à liberação de endorfina, para aliviar a dor. Mas passa um tempo e você se vê de novo construindo o castelinho, esperando a onda derrubar tudo mais uma vez.

Vitor Veloso

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Multisonhadorismo.

Me pego em um vão auto-questionamento: “Porque tenho tantas idéias se não conseguirei colocá-las em prática”. A resposta? Acho que nunca vou ter.

Sinto que minha cabeça funciona em uma velocidade superior a do meu corpo. Minhas idéias fluem como se fossem o ultimo minuto para produzir do mundo. Chego a me julgar incapaz de executar todas as idéias e possíveis projetos.

Meus projetos oscilam entre trabalhos magnificamente grandes, algo como ópera rock que moverá multidões e influenciará gerações, e entre um pequeno livro de poesia infantil, com ilustrações coloridas e letras chamativas. Alguns dos meus sonhos parecem simples, e até podem chegar a ser banais, mas entre tudo isso há coisas que preencheriam os sonhos de centenas de pessoas.

Gostaria, com toda humildade do mundo, de ser um deejay e ver o pessoal dançar ao meu som, de ser um músico de sucesso, um astro do rock, ou um poeta da bossa nova, e com uma pitada de ambição: inventar um estilo musical. Sem citar as canções de amor, que embalariam e seria trilha sonora de namoros por todo o mundo. Quem sabe escrever livros, e dar asas a imaginação de milhares de adultos e crianças. Livros deliciosos de se ler, como aqueles que li na minha infância, livros de poesias que faria o coração das pessoas baterem mais forte.

Escrever grandes filmes, filmes estes que marcariam a vida das pessoas. Criar peças teatrais, novelas e mini-séries. Criar projetos sociais que realmente funcionem, e mude alguma coisa no mundo. Ser criador de sites geniais que torne algo fundamental na vida das pessoas. Escrever uma revista em quadrinho, criar um Super Herói e jogos fabulosos. Ser autor de crônicas e contos de terror, comédia e romance.

Busco também abstrações, falar sobre sentimentos com palavras vagas que se encaixem em qualquer um que tenha problema sentimental. Quero também ir ao Jô, quero ter praças com meu nome, quero ser pioneiro em tantas coisas que honestamente me parece egoísmo.

O grande problema, é que no fundo eu sinto que tenho capacidade para tudo isso, e que de certa forma eu não morrerei feliz sem por esses projetos em prática. Meu maior medo é que esta certeza que tenho dentro de mim seja falsa, e que estes sonhos não passem de ilusões. Talvez, um único homem, não possa ser capaz de realizar tantos feitos, em tão diferentes campos.

Não sei se perceberam, mas eu realmente tenho esperanças. Usei a palavra “Talvez”, não consegui afirmar que não acho possível. Sou um ‘multisonhador’, e não se isso é bom, só sei que a agonia que isso me proporciona é enlouquecedora, e enche meus olhos de água. Acho bom parar de escrever, se não vou continuar criando projetos infinitamente, acabei de achar um novo:criar expressões que sejam usadas por outra geração, e que se torne parte de um vocabulário póstumo a minha existência.

Peço, atenciosamente, que se caso algum psicólogo, ou alguma pessoa, que saiba o que é isso que eu sinto, por favor, me diga se é sério e se sobreviverei. Ainda no projeto de criar palavras, por enquanto, denominarei esta agonia como Síndrome do Multisonhadorismo.

Vitor Veloso

domingo, 3 de julho de 2011

Veneno

Uma gota de qualquer veneno ! - Disse um senhor.
Ha, que isso meu amigo, cada um tem seu veneno.. e por mais que a palavra veneno transmita negatividade, no fundo, ela é a única coisa que te faz feliz. - Retrucou o dono do bar.

Vitor Veloso

Ao fim de tudo.

E no fim, nós seremos poucos. Mas ainda assim seremos bons. E ao fim de tudo, mesmo que poucos, os bons parecerão muitos. E por entre tanta desgraça e motivos para o mundo se envergonhar, os bons triúnfarão. E do meio dos escombros de um mundo caído, e pronto para reerguer, surgirão os bons, os únicos. No fim de tudo, só restarão poucos, e os poucos serão o suficiente para que mais uma vez, os bons sejam muitos. E enfim realmente muitos, não apenas poucos bons que se tornaram muitos, mas sim muitos bons. Os bons serão novamente a maioria.


Vitor Veloso

Piscar de olhos

Se você fechar os olhos, você se sentirá sozinho. E mesmo que o mundo grite ao seu redor, você se sentirá sozinho. Se você abrir os olhos, você se sentirá rodeado novamente, mas com um olhar diferente sobre a vida, e sobre o que é ter amigos. Então, você perceberá que em um piscar de olhos você pode estar feliz, e repleto de amigos, e você vai perceber também que durante este piscar você pode estar sozinho. E é inevitável que não passe por sua cabeça a triste idéia de que talvez você continue eternamente assim: sozinho! Dê valor aos seus amigos, enquanto você os têm.


Vitor Veloso